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À EDUCAÇÃO FÍSICA É DISCIPLINA QUE DEVE SER VALORIZADA DENTRO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO TANTO QUANTO AS DEMAIS

20/06/2011 20:43

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR DE MÃOS DADAS PARA À FORMAÇÃO INTELECTUAL DO EDUCANDO

 

Em época de realização de copa do mundo e olimpíada
vivemos a euforia dos capitalistas pelo lucro
destes megaeventos, e dos seus prepostos no setor da
indústria esportiva, uma das mais lucrativas do mundo.
Seus “testas de ferro” são os membros do Conselho
Federal de Educação Física, apadrinhados pelas
grandes corporações nacionais e multinacionais, pelo
sistema desportivo nacional (COB), grandes clubes,
empresários de academias, de faculdades privadas e
por governos municipais e estaduais.
Foi este grupo conservador que se submeteu ao tráfico
de influência no Congresso Nacional para aprovar,
no dia 1º de setembro de 1998, a lei 9696/98,
com apenas seis artigos, que “regulamenta” a profissão
de educação física e cria o sistema Confef/Cref´s.
Forjaram, a partir daí, o dia nacional do que eles chamam
de “profissional” de educação física, como propaganda
institucional de um projeto que tenta desqualificar
este professor enquanto um segmento dos trabalhadores
da educação.
Desde então os professores de educação física têm
sido alvo das ações oportunistas daqueles que se apresentam
como seus “defensores”, encastelados na estrutura
do sistema Confef/Cref´s, usando a educação
física brasileira como moeda de troca junto a
aparelhos do Estado para satisfazerem seus interesses
corporativistas (seguindo os moldes da OAB,
CRM, CREA etc.). O sistema Confef/Cref´s utiliza
“fiscais” (escoltados pela polícia) para exercer a coerção
sobre os muitos professores que atuam em escolas,
clubes, academias etc., ameaçando de prisão
(mesmo em se tratando de trabalhadores graduados,
regulamentados pelo MEC) quem não possui filiação
a este conselho profissional.
A este respeito já existem inúmeros pareceres jurídicos
que estudaram a questão da docência no sistema
regular de ensino. Os mesmos são unânimes quanto
a não obrigação de registro de professores para a prática
docente. No ano de 2002, o Parecer do Conselho
Nacional de Educação (Parecer CNE/CES 0135/02)
ratificou, em consulta do próprio Confef, que “O exercício
da docência (regido pelo sistema de leis de diretrizes
e bases da Educação Nacional) não se confunde
com o exercício profissional”.
Desde o início do processo em defesa da regulamentação
da profissão seus representantes, atuais diretores
do Confef e dos vários Cref´s, não se intimidaram
ao propagarem um discurso que minimizava a
educação física à mera prática mercantil, lhe impondo
um caráter apenas esportivo, voltado à saúde e sem
dar destaque ao caráter educacional e da formação
humana contida neste campo de conhecimento. Na
busca por maior número de adeptos, construíram a
falácia de que a regulamentação viria apenas para o
campo não-escolar, ou seja, aqueles ligados à área
do fitness em geral. Alegavam que, pelo fato do
campo escolar já possuir sua própria regulamentação
emitida pelo MEC, não haveria motivos para
um controle específico.
No entanto, ao perceberem que não conseguiriam
montar os rendosos aparelhos dos vários Cref´s sem a
inscrição dos professores da escola, deram o golpe na
categoria. Mais uma vez submetidos ao tráfico de influência,
induziram governos municipais e estaduais a
exigir em seus em editais de seleção pública, registro
profissional para a posse do cargo. Além disso, passaram
a exercer seu poder junto a inúmeros cursos de
graduação em educação física, intervindo na formação
dos futuros trabalhadores que se encontram submetidos
a um modelo de educação fragmentada, voltada ao
atendimento do mercado, secundarizando as questões
pedagógicas e da formação humana.
Num país cujas redes públicas de saúde e de educação
encontram-se há muito destruídas e os serviços
essenciais foram privatizados para remunerar o capital
através, principalmente, da majoração das tarifas
públicas de utilização e da corrupção, a mentira e a
alienação formam o eixo organizador da consciência.
Não permitiremos que o professor de educação física
seja utilizado pelos governantes e seus prepostos
como pivô da alienação e da mentira. A cultura corporal
é patrimônio da humanidade e não deixaremos
que se submeta à lógica do capital, da fragmentação
das relações humanas e de trabalho. O esporte
contemporâneo é apenas parte desta cultura, que tem
na dança, nas lutas, nos jogos, na recreação, os conteúdos
essenciais para a formação humana. Organizaremos
a luta contra todos que desejarem fragmentar
a educação tentando retirar a educação física da
área das ciências humanas e sociais.
Dia do Professor de Educação
Física é 15 de Outubro!
1º de setembro é mercadoria da indústria esportiva
SINDICATO ESTADUAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
FUNDADO EM 16 DE JULHO DE 1977
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